domingo, 10 de julho de 2011

Propina para aqueles que atuaram na tragédia da Região Serrana do Rio

O blog A Pequena Mandrágora programa a abertura de um espaço virtual para abordar, apenas, questões relacionadas a propinas, tantos são os episódios ocorridos no Brasil e em outros países. Enquanto o espaço não é aberto, o blog colecionará, neste endereço, alguns fatos que assolam, em especial, o Brasil. Nesta semana, a descoberta sobre propinas está relacionada à região serrana do Rio de Janeiro.


No início deste ano, o país inteiro parou diante da tragédia que vitimou mais de 900 pessoas, principalmente em Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, em vista das enxurradas provocadas por chuvas. Nesta semana, uma investigação a "sigilo de Justiça", em curso no Ministério Público Federal, revelou que um grupo de funcionários públicos e empresários, enquanto equipes trabalhavam duramente na busca de vítimas, teria combinado o "reajuste de propinas" para aprovar contratos sem licitação, e embolsando dinheiro destinado para ajuda aos mais necessitados.

A investigação aponta que - veja bem! - a propina não só existe como aumentou: de 10%, que era o "normal" antes da tragédia, passou para 50% durante o episódio triste na serra.

As investigações tiveram início com base em relato de um empresário ao Ministério Público Federal de Petrópolis. O empresário se mostrou disposto a revelar o que sabia sobre os esquemas, em troca de ganhar o perdão judicial e proteção para sua família. Quando alguém que comete um crime faz um acordo com a Justiça para auxiliá-la nas investigações, o processo é chamado "delação premiada". Este empresário fechou este acordo, e vem ajudando a Justiça a revelar um suposto esquema de corrupção que, ao que se sabe, funcionava na Prefeitura e envolvia
empresas que atuaram, ao menos, em quatro cidades da Região Serrana, na época do desastre.


Segundo o empresário, na semana de chuvas e fortes enxurradas, secretários municipais e empresários se reuniram em gabinete da Prefeitura (administrada pelo PT) para dividirem, entre si, os contratos sem licitação e os recursos federais.
O dinheiro, estimado em R$ 100 milhões, foi enviado ao Estado do Rio pelo Ministério da Integração Nacional, sob determinação da presidente Dilma Rousseff.

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PARA OUVIR:
MONEY - PINK FLOYD
YOUTUBE (Copie e cole o link no seu navegador): http://www.youtube.com/watch?v=cpbbuaIA3Ds

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