Não bastasse a multitributação a que estão expostos, os brasileiros agora terão que conviver com a realidade de uma conta de luz mais cara, nos próximos anos. Isso porque o valor da energia elétrica no Brasil tem previsão de aumento em breve. Até o ano de 2015, a expectativa é de que o aumento real (descontada a inflação) das tarifas de luz fique entre 8% (residencial) e 19% (inflação), caso não haja uma política de mudança. Além da inflação, propriamente dita, as expectativas não consideram os aumentos que vem das termoelétricas para preservar os reservatórios de água. Ou seja: vai aumentar bastante a conta que chega debaixo da porta da nossa casa, todos os meses.
Os cálculos para esse deploravelmente chamado "reajuste" foram baseados numa série de premissas. "A principal delas refere-se ao custo da parcela de energia dentro da tarifa (que inclui também os impostos, os encargos e a transmissão)", disse em entrevista o consultor da Abrace, Fernando Umbria.
Desde o ano de 2005, o governo brasileiro contratou quase 10 mil MW de termoelétricas movidas a diesel e óleo combustível, que custaram aproximadamente R$ 139 e R$ 164 o megawatt hora (MWh), apenas pela disponibilidade.
Até 2010, essas novas usinas ajudaram a elevar em 36% (de R$ 75 para R$ 102) o custo médio da mistura de energia vendida às distribuidoras.
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