sábado, 19 de fevereiro de 2011

A convulsão social na Líbia e em outros países

Os países árabes passam por um período de erupções sociais, refletidas nos protestos que acontecem, nesta semana, por exemplo, no Iêmen, Argélia e Djibouti.

O exército do Bahrein retirou seus tanques da Praça da Pérola, no centro da capital Manama, onde concentram os manifestos antigoverno. A retirada dos tanques foi uma das condições para o início de um diálogo político com o regime. Com isso, o local onde antes estavam os tanques, foi ocupado por milhares de manifestantes.

O Iêmen, que tem como capital a cidade de Sana, é um país árabe situado na extremidade sudoeste da Península da Arábia. Neste sábado, um estudante foi morto a tiros no Iêmen, e outros cinco estudantes ficaram feridos, por causa de um confronto violento entre pessoas antigoverno e pessoas que defendem o regime do presidente Ali Abdallah Saleh. O confronto aconteceu perto da Universidade de Sanaa, segundo informações da Agência AFP. As informações são de que, no Iêmen, centenas de pessoas atiravam pedras umas nas outras, quando foram trocadas por tiros, emitidos de ambos os lados: pró e antigoverno.

Foto: AFP-Iêmen

A gente sabe que a História registra milhares e milhares de mortes por questões que se resumem, simplesmente, em desejo de poder.
A ânsia de poder corroeu o mundo, prolifera como os percevejos em Nova Iorque. Isto é complexo e triste.


Na Argélia, centenas de policiais, no centro da capital Argel, tentaram impedir uma manifestação da população, que reivindica reformas no poder. No Djibouti, o presidente Omar Guelleh está no poder desde 1999, e manifestantes pedem a saída do presidente.

“Gás de pimenta para temperar a ordem”
A polícia dispersou os manifestantes no Djibouti com gás lacrimogêneo. Um policial e um protestante morreram e três líderes oposicionistas foram detidos, segundo informações da Agência AFP.

“A Líbia bombardeada” de protestos
A situação na Líbia é menos conhecida, pois o governo cortou a internet, energia elétrica, e mantém controle extremo sobre as comunicações. Segundo a CNN, helicópteros dispararam contra manifestantes em Benghazi. Em média, 84 pessoas morreram em protestos contra o governo, em três dias de manifestações, de acordo com a organização internacional Human Rights Watch, que tem sede em Nova Iorque.

Na Líbia, o foco dos manifestos está na segunda maior cidade do país, Benghazi, onde 35 mortes foram registradas em apenas um hospital, em manifestos contra o líder do país, Muammar Khadafi.

A mídia estatal lembrou de retaliações contra os críticos de Khadafi (perseguição). Khadafi está no poder desde 1969, ou seja, há 42 anos, mais do Mubarak ficou no Egito.

Aliás, o país que estava liderando as erupções políticas mundiais, onde Mubarak deixou o poder, deve cancelar o “estado de emergência” dentro de seis meses, de acordo com informações deste sábado (19/02) da agência estatal do país. A suspensão do estado de emergência é uma das demandas dos manifestantes que tiraram Mubarak do poder.

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