domingo, 27 de fevereiro de 2011

Crianças com Síndrome de Hutchinson-Gilford vivem apenas 13 anos


Uma equipe de pesquisadores do Instituto Salk para Estudos Biológicos, que fica nos Estados Unidos da América, criaram uma forma diferente de estudo do envelhecimento, usando células de crianças que tem progéria, uma disfunção que faz com que as crianças portadoras envelheçam dez vezes mais rápido que o normal. Os resultados do estudo saíram na revista científica Nature.

A doença é conhecida como Síndrome de Hutchinson-Gilford, e usando células da pele das crianças com uma versão da disfunção, os pesquisadores conseguiram criar células musculares e acompanhar o envelhecimento precoce dessas estruturas.

Para surgir um tecido diferente, os cientistas usaram um esquema pelo qual células já adultas são levadas a um estágio mais primitivo (anterior) de desenvolvimento, como se elas se tornasse, novamente, células-tronco capazes de gerar qualquer tecido no corpo.

O "benefício" deste novo modelo desenvolvido pelos cientistas está na "rapidez" da degeneração das células, que permite aos pesquisadores o estudo de síntomas comuns à velhice, como os problemas cardiovasculares.

De acordo com um dos autores deste estudo, divulgado na "Nature", Izpisúa Belmonte, a ténica pode ser usada para avanços no conhecimento não só sobre a disfunção, progéria, como também sobre como o envelhecimento natural das pessoas acontece.

Atualmente, são conhecidos apenas 64 casos de crianças que vivem com progéria, em todo o mundo, e um deles está no Brasil. Portadores da doença vivem, no geral, até os 13 anos, e morrem por complicações vasculares como aterosclerose, que é o depósito de placas de gordura na parede dos vasos sanguíneos (o que pode levar a ataques cardíacos e derrames).
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Foto: Progeria Research Foundation

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